EPX & Caue Gas

Projeto sem precedentes em São Paulo, A Loja de Atrocidades combina música eletrônica, performance artística, shows, cultura de noite, experiências sensoriais, teatro e cinema ao vivo —ou live cinema. Criado pelo produtor e DJ Eduardo Pininga, o EPX e com co-produção musical de Caue Gas, o musical é realizado pela residência artística Fenda, do fotógrafo e diretor Hick Duarte, junto à FLAGCX. Serão duas apresentações, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, no Galpão Cru, na Barra Funda

O musical A Loja de Atrocidades apresenta um recorte do universo sonoro e aromático que acompanha situações ao redor do EP e perfume Nuvens Ocres, de EPX, que será lançado em breve pela MAMBArec. EPX e Caue partiram do Nuvens Ocres para criar, em apenas um mês e em colaboração com os artistas do line-up, todas as 19 músicas que compõem o universo de A Loja de Atrocidades e que são apresentadas a partir do CD-J

A apresentação mostra desde a criação de Nuvens Ocres na natureza ficcional daquele universo, representada pela multiartista Aun Helden, até sua transformação em produto, exibido em um comercial pela Garota Propaganda, interpretada pela modelo Alexza Paraíso. À beira de um colapso mental, ela entra em uma jornada do Inferno ao Céu da qual o público é, ao mesmo tempo, figurante e voyeur.

Para além das performances e apresentações musicais, A Loja de Atrocidades exibe uma miríade de sons e imagens metalinguísticas que questionam e expandem os limites do que é real ou ficção na apresentação.

Já a produção musical foi desenvolvida por EPX com Caue como parte do projeto da quinta edição da residência artística Fenda. Juntos, os dois compuseram e remixaram faixas exclusivas para o espetáculo junto com os artistas, e em colaboração com produtores convidados como JLZ e G. Paim

“Todos os artistas envolvidos foram desafiados a estarem vulneráveis nessa colisão de mundos”, explica EPX. Como no desenvolvimento de um perfume, que envolve diferentes notas e camadas, a música de A Loja de Atrocidades brinca com os limites das linguagens do rap, metal, noise, R&B, trance, ópera e outros gêneros. EPX ressalta que cada artista do projeto ajudou a transformar e a adaptar o universo sonoro do EP [Nuvens Ocres] para o projeto de A Loja de Atrocidades, que também aborda temas como política, saúde mental e sociedade de consumo.

Para EPX, A Loja de Atrocidades é, sobretudo, um projeto que busca experimentar linguagens novas do que pode ser um evento de música eletrônica. “É um jeito de mostrar que a música eletrônica também tem espaço fora dos clubes”, diz